terça-feira, 27 de outubro de 2020

Casos de espíritos do livro A desencarnação dos Animais

O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado".



- Mas me fale de Lívio.

Ele é muito bondoso com todos e está sempre trabalhando. Tornou-se grande socorrista. Também foi médico-veterinário, como você.

- E como foi que ele desencarnou?

- Desencarnou em 1956, aos 46 anos, vítima de um enfarte fulminante. Era casado, tinha dois filhos, mas, apesar de ser um bom esposo e bom pai, era muito ambicioso e, mesmo gostando de animais, às vezes não os tratava bem. Não tinha muita paciência e só via lucro em tudo o que fazia. Muitas vezes, recusava atendimento aos animaizinhois de pessoas humildes, que não tinham como pagar. Essas pessoas sofriam ao ver seus amiguinhos doentes, semque nada pudessem fazer. Quando Lívio desencarnou, foi para o Umbral, e lá ficou por algum tempo.  Além de ter usado a Medicina-veterinária só visando ao lucro, ainda tornou-se um suicida.

- Como assim, suicida?

- Ele tinha histórico na família de doenças cardíacas e, sabendo disso, não se cuidava. Fumava em demasia, alimentava-se de comidas gordurosas e abusava do álcool. Por isso teve enfarte. Usou seu livre-arbítrio de maneira errada, para sua própria destruição. Lá, nessa zona inferior, pode fazer uma avaliação de sua reencarnação ao que ele havia se proposto, além de não ter cuidado de sua vestimenta carnal, ou melhor, de seu corpo físico. O tempo que passou no Umbral o fez modificar-se e tornar-se uma alma nobre e dedicada à causa. Passou então a trabalhar no socorro aos animais abandonaods e maltratados pelo homem.

(...)

Pedro fez uma pausa e começou a contar:

- Ha exatamente cento e oitenta anos, nós vivíamos na zona norte do Rio de Janeiro. Não éramos pobres nem ricos, mas éramos ambiciosos.Você era meu filho; sua mãe, doce e meiga, não gostava do nosso trabalho. Eu brigava com ela, impunha as minhas vontades e até coloquei você para trabalhar comigo bem cedo. Ela foi entristecendo e já não ligava para nós dois. Hoje sei que estava errado, mas, na época, não me dava conta disso.

Senti que ele estava dando voltas. Então, perguntei-lhe quase sabendo a resposta:

- Seu Pedro, vamos direto ao assunto principal. Onde nós trabalhávamos?

Ele suspirou longamente e disse em um só fôlego:

- Em um matadouro! Eu era o dono, e você me auxiliava. Eu não matava, mas você sim, quando faltava algum empregado. 

Mesmo já desconfiado, baixei a cabeça e chorei copiosamente. Ele esperou que eu me refizesse, me abraçou e disse, carinhosamente:

- Fabricio, meu filho, erramosmuito, mas já pagamos uma boa parte.

- Como pude ser um deles, meu Deus! E eu, quando conversava com Laís e Lívio, criticava esses homens cruéis. 

- Eles sabiam, Fabrício, mas não tinham como tocar no assunto, nem queriam.

- Meu Deus, que vergonha!

- Fabricio, isso já passou, e eles agora sentem orgulho de você. Sabemos que Lívio reencarnou, mas ele, quando estava ao seu lado, sentia em você um grande médico; sabia que era um exemplopara a colônia. Por isso é que não devemos odiar esses homens, meu filho, e sim ter compaixão por eles, pois muitos que estão no Celeiro dos Anjos também foram um deles, assim como você e eu.


segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Consumo de carne e trabalhadores de matadouros no livro A Desencarnação dos Animais

O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado".



Cada um colhe aquilo que plantou. Ninguém planta batata e colhe maçã. Cada ser humano é responsável por seus atos. Todos tem livre-arbítrio, e cabea cada um fazer uso dele para o bem ou para o mal e, assim, criar dívidas ou não.

(...)

Muitos na Terra são pessoas boas, que amam os animais, mas comem carne. Nós mesmo comíamos todos os tipos de carne animal, quando estávamos encarnados. As pessoas acham que não podem fazer nada e pensam: "Os animais já estão mortos mesmo, então por que não comer?". Contudo, se todos disserem não, acaba-se com esse comércio macabro. Seria o fim do "holocausto animal". Mas infelizmente poucs pensam na trajetória do bife para chegar ao prato. E é bom nem falarmos na carne de vitela! A vibração negativa na hora da morte de nossos irmãozinhos é terrível. Eles gritam de dor e de tristeza, e essa vibração toda, altamente negativa, vai para a mesa das pessoas. Já as vibrações dos vegetais, dos legumes e das frutas são harmoniosas e colaboram para a cura de muitas doenças. 

(...)

Quandi íamos lá (no matadouro), tínhamos de nos preparar com energias apropriadas, para não sermos afetados por aquele ambiente pesado e sofrido de matanças. Muitos daqueles espíritos atrasados que sugavam as energias dos animais nem nos viam; ao que eu dava graças a Deus. Orávamos antes de ir e quando voltávamos. 

(...)

- Fabrício, o primeiro matadouro do Rio de Janeiro foi instalado em 1774, por ordem do vice-rei Marquês de Lavradio. Ele ficava na praia de Santa Luzia, perto do local onde hoje está situado o obelisco, na atual avenida Rio Branco. Nessa época, lá não havia casas. Já se passaram mais de duzentos anos. Como você pode perceber, apesar desse tempo todo, nada evoluiu nesse sentido; pelo contrário, só aumentou o número de matadouros. Daqui a trinta anos, quando você escrever o seu livro, também nada terá mudado. Por isso, estimo que essa mudança demore bastante. Mas tudo vai depender dos homens e de sua conscientização no decorrer do tempo. Portanto, não há um tempo preciso...

Não haverá justiça na Terra enquantoos homens destruirem os mais fracos. Pertencemos todos ao mesmo Pai, porque Deus está em todos nós, inclusive nos animais. A não-violência nos leva aos mais altos conceitos de ética, que é o objetivo de toda a evolução. Os encarnados estão sempre a temer por tudo que desconhecem, inclusive pelo mundo espiritual, pois em algumas religiões, há sempre o demônio por trás de tudo. O que os encarnados tem de saber é que o que atraem para si se dá por afinidade. 

- E é impressionante como o homem trata seu próprio estômago, fazendo dele uma lixeira de restos animais, vísceras, etc. - completou Laís.

- Muitas coisas e muitos pensamentos tem de ser mudados. E a principal reforma, Fabrício, deve ocorrer no íntimo de cada um - disse Lívio.

(...)

Então, conversamos sobre os homens que trabalhavam nos matadouros e os que maltratavam os animais, de quem devemos sentir uma piedade profunda e não raiva ou desprezo, pois trata-se de espíritos encarnados ainda em evolução e aprendizagem.

Estávamos eu, Lívio, Laís e mais alguns. Bernardo, o mais velho, estava lá fazia mais de oitenta anos e nos contou que, nesse período, nada havia mudado em relação aos homens que trabalhavam naqueles horrendo lugares. Disse-nos que eram espíritos ainda com um grau muito elevado de atraso moral. Assim, atraíam cada vez mais para perto de si espíritos da região umbralina. Esses espíritos lhe impunham seus desejos, e eles ficavam cada vez mais reféns das vontades alheias. Seus mentores, apesar de estarem sempre por perto a aconselhá-los para que saíssem de tal obsessão que os fascinava, não eram ouvidos. Desse modo, crescia a afinidade comos espíritos trevosos, que passavam a domina-los. 

- Quando esses seres desencarnam, Fabrício, são levados para o Umbral e ficam por lá longo tempo. Seus guias se sentem fracassados emsua missão e, daí em diante, não os acompanham mais...

terça-feira, 9 de junho de 2020

Outros animais no livro A Desencarnação dos Animais - além de cães

O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado".


Estava deslumbrado com tudo o que via na colônia e queria saber mais... Então, perguntei a Lívio e Laís: 
 Não vejo aqui répteis, insetos, borboletas, peixes e outros animais. 
E logo Laís me explicou: 
– Fabrício, aqui só há mamíferos. Esses outros animais ficam próximos de seu habitat quando desencarnam, pois o reencarne deles é quase que imediato. Quando você estiver preparado, poderá ver como eles se juntam à sua alma-grupo ao desencarnar. Para ter uma ideia, assim que uma borboleta, ou mesmo uma formiguinha, morre, pode-se ver pairando acima dela e de outros animais uma espécie de energia vibratória muito sutil, de cor prateada, porém translúcida. Essa energia é levada como se fosse um imã até seu campo vibratório, isto é, sua alma-grupo. Elas se juntam de tal forma que mais parece uma nuvem prateada vibrando, cheia de vida, e ficam assim por pouco tempo, pois logo são sugadas para renascer. Cada alma-grupo desses insetos, desses répteis e pássaros, é sempre sugada para seu grupo. Por esse motivo esses animais não saem de lá. 
 Mas e os peixes do mar, dos rios e lagos, com eles acontece a mesma coisa? 
 Sim, acontece. E é muito interessante, porque mesmo sendo pescados e muitas vezes morrendo distantes de seu habitat, eles retornam para lá. Suas energias vão sendo sugadas em direção ao seu habitat. Podemos ver, dentro dos oceanos, rios e lagoas, grande quantidade de nuvens brancas, transparentes, como se fossem neóns, oriundas das energias sutis dos peixes, moluscos, caranguejos, enfim, tudo o que vive dentro da água, à espera de novos renascimentos. Até um peixinho que vive em um aquário, longe do mar ou do rio, faz esse trajeto. Sua energia vibra sutilmente e vai em direção ao seu habitat. 
(...) 

 Você me disse que para cá só vem os animais mamíferos, mas e as baleias, os botos e os golfinhos? Eles também são mamíferos. 
 Sim, mas esses ficam próximos ao mar, como os peixes e seus afins. Formam suas almas-grupo, como lhe foi explicado, e ficam por lá a esperar o reencarne. O mar, os rios e lagos exercem um magnetismo muito grande sobre eles; por isso de lá não saem nunca, mesmo depois de mortos. 
– E os outros mamíferos, como morcegos, ratos, preás, coelhos, lebres, tatus e demais? 
 Mesmo sendo mamíferos, também não vem para cá. Por serem animais de pequeno porte, depois de mortos, ficam perto de seu habitat, em sua alma-grupo, como as formigas e outros, tal como já lhe dissemos. Alguns animais se metamorfoseiam, como a lagarta, que se transforma em linda borboleta. Ela nasce como lagarta, mas morre como borboleta. Depois de morta, tem uma forte conexão com esses dois campos vibratórios, de lagarta e borboleta, pois ambas tem a mesma vibração; são dois campos do mesmo conhecimento. 
 É por que eles sofrem menos para morrer? 
 Sim e não. Todo sofrimento é terrível para qualquer animal, não importando seu tamanho. Estes, porém, não costumam ficar tão traumatizados como os de grande porte. Os bois, as vacas, os bezerros, porcos, cabritos, entre outros, sofrem um desgaste muito grande. O sofrimento deles ultrapassa o de qualquer outro, pois sabem que vão sofrer e entram em desespero. São, muitas vezes, torturados sem dó nem piedade e custam a morrer. 
(...) 

Ainda ficamos ali mais algum tempo a conversar, e um colaborador recém-chegado perguntou para Bernardo como os animais que morriam sozinhos nas estradas ou nas florestas eram socorridos. Bernardo explicou que todos eram auxiliados por espíritos que tem essa missão e que estão sempre a percorrer por toda a parte do planeta, em sintonia com suas colônias correspondentes. Disse que nenhum animal, após sua desencarnação, fica abandonado. 

sábado, 23 de maio de 2020

A história do toureiro que se arrependeu e hoje defende os animais - Livro Quedas e Ascensão

No livro QUEDAS E ASCENSÃO, o médium Divaldo Franco psicografa, através do espírito Victor Hugo, a história de um ex-toureito. Pilarzito gosta de touradas desde criança, iniciou aos 9 anos de idade.  Antes dos 20 anos já era um toureiro famoso, que se saciava com bebidas e mulheres. Todo o dinheiro que ostentava vinha da atividade cruel, a tauromaquia. Tudo mudou quando Pilarzito foi atingido por um touro em plena arena, resultando em crânio e vértebras quebradas. Esse foi o fim maquinado por seus diversos inimigos do plano espiritual, frutos de seu passado como um padre perverso, Don Lorenzo. Depois de meses na UTI, Pilarzito se vê impossibilitado de andar. A partir daí descobre que "amigos", mulheres... não passavam de ilusão. Depois de conhecer a depressão, Pilarzito renasce através do conhecimento do espiritismo e da reforma íntima. Pilarzito se torna um grande ativista da causa animal, lutando pelo fim da atividade cruel que é a tauromaquia.

Segue trechos do livro que contam melhor a história de Pilarzito:


"Esse era o momento em que o toureiro deveria movimentar a muleta com destreza de forma que o touro se cansasse e, abaixando a cabeça, descobrisse o cachaço para receber o golpe final, a estocada. Avançando em linha reta entre os chifres, com incrível agilidade, o toureiro não se pode equivocar. Foi, porém, rápido demais o seu desfecho, pois que o animal alcançou Pilarzito antes que ele tivesse tempo de mover-se. A cornada certeira atingiu-lhe o estômago e ele foi atirado ao ar como um trapo à mercê do vento para cair a alguns metros de distância, sendo vítima do perseguidor, que retornou em seguida e tentou escorneá-lo outras vezes, embora a equipe que correu na sua ajuda, para desviar a atenção da fera e arrancá-la dali. Assim mesmo, o jovem foi pisoteado e recebeu outras chifradas que o feriram na coxa, no pulmão e noutros órgãos, ficando exangue.
Inconsciente, foi retirado pelos padioleiros apressados e conduzido ao interior do imenso edifício para imediata assistência, enquanto a ambulância se preparava para levá-lo ao Hospital.
O espetáculo, porém, não foi interrompido. Outro toureador foi colocado na arena e novo touro foi atirado contra ele, dando prosseguimento ao festival de insânia e de embriaguez dos sentidos.
O patrão da equipe, desnorteado, seguiu na mesma ambulância que conduzia o jovem toureiro, de imediato levado ao centro cirúrgico, onde foi atendido por largas horas, travando nova e pertinaz luta entre a vida e a morte. Logo que estancado o sangue e feitas transfusões imediatas, radiografias cuidadosas anunciaram a gravidade das lesões, especialmente na quinta vértebra cervical, acompanhada de um trauma crânio-encefálico que denunciava uma paralisia irreversível, como normalmente acontecia com aqueles que sobreviviam à hediondez da luta.
Informados por telefone, os pais de Pilarzito foram estar com ele no hospital, dias após, acompanhando-o durante o coma que parecia vencê-lo. Em atendimento prolongado na Unidade de Terapia Intensiva, a pouco e pouco, no entanto, foi recobrando a lucidez, embora permanecesse como de alta gravidade o seu quadro.
Enquanto, porém, esteve no letargo da inconsciência em relação à vida física, vivenciara uma outra realidade para a qual não se houvera preparado.
Em Espírito, após o rude acontecimento, conseguiu claridade mental e passou a sentir todas as dores e angústias que lhe assinalavam o corpo arrebentado. Podia ver-se livre e imantado ao leito, engessado em grande parte, imobilizado, no entanto, com movimentos dolorosos, às vezes, que não lhe impediam de acompanhar as ocorrências do dia a dia hospitalar. Desse modo, pôde experiência as aflições que tomaram os seus pais, o desespero materno que se prolongava diante do filho quase morto, e sofria todos esses dramas que nunca imaginara pudessem existir.
Simultaneamente, passou a perceber a presença dos perversos inimigos, em um mundo de pesadelos incessantes, que pareciam surgir das sombras em volta e o acusavam de terríveis flagícios que lhes impusera, encerrando-lhes as existências com a traição, o garrote, a roda, o estrangulamento... Diziam-se mouros alguns, outros cristãos, outros amigos enganados, e referiam-se aos dias cruéis que se sucederam ao exílio que a alguns havia sido imposto. Diversos apresentavam-se deformados, com as características da morte que lhes arrebatara o corpo, afirmando que não haviam sucumbido às tramas infames do perseguidor inclemente, e que, anos após, ao identificarem-no outra vez no corpo haviam tramado a sua destruição, porém de maneira lenta e mui dolorosa.
Incapaz de compreender em toda a profundidade o que se lhe apresentava, Pilarzito permanecia estarrecido e implorava à Virgen de la Macarena que o protegesse dos demônios que se haviam unido em infame sortilégio para destruí-lo. Momentos outros havia em que não lhes suportando as ameaças, conseguia fugir-lhes da sanha, em disparada correria por estranhos e sombrios caminhos sem-fim, logo retornando exausto e incapaz de reagir-lhes ao cruel massacre moral. O tormento prolongou-se pelos meses que se sucederam ao infausto acontecimento, mesmo após ser deslocado para um apartamento especial da Casa de Saúde, por instâncias do seu genitor, quando recuperara o discernimento...
Digamos de uma vez: Pilarzito, El matador, encontrava-se resgatando o passado rico de crimes a que se entregara. A sua atual existência repetia a insânia da anterior com menor gravidade. Naquela, utilizara-se da inteligência para o crime soez contra o seu próximo, dominado pela avareza e cobiça desmedida, pela ganância exacerbada e ambição de poder, havendo alterado o comportamento, que ora se apresentava com as mesmas características, matando os animais em espetáculos que o aclamavam como poderoso e lhe ofereciam dinheiro, poder e ostentação. Houve mudança de significado existencial, mas não uma real alteração de conduta moral, pelo que agora sofria na quase imobilidade no leito hospitalar.
Logo que passou a crise do coma, mais ou menos dois meses após, foi transferido para um outro com melhores recursos em Toledo, o Hospital de Paraplégicos, onde pôde começar os exercícios de fisioterapia.
Quando, porém, constatou a impossibilidade total de recuperar o movimento dos membros inferiores, a revolta assomou-lhe, violenta, levando-o aos transtornos de comportamento, com ideia fixa para o suicídio, dominado por severa depressão.
(...)

Em plena juventude, havendo sido destruídos todos os seus sonhos de ventura, viu, a pouco e pouco, os amigos afastarem-se, passada a comoção inicial da tragédia, e lutando contra a depressão do choque pós-traumático, sobrevivera, mas destituído de outros ideais em mente. Foi, nesse estado de espírito que passou a entender, ante as páginas de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, que ninguém se evade de si mesmo, nem pode deslustrar a Vida pelas infâmias e urdiduras do mal, em que se detém por algum tempo, nunca, porém, para sempre.
Renovando-se lentamente, aprofundando a mente na leitura esclarecedora e vivenciando a reencarnação, começou a agradecer a Deus a nova oportunidade que se lhe desenhava enriquecedora, enquanto se preparava para aceitá-la com naturalidade e paz no coração.
Reconhecia que não era fácil, porém, na vida nada é fácil do ponto de vista do utilitarismo, do prazer exorbitante que deseja tudo para si e coisa alguma para os demais. No entanto, iria empenhar-se pela conquista de outro significado e sentido existencial. Utilizar-se-ia da nova condição para desencadear uma cruzada contra a tauromaquia, o culto às infelizes corridas de toros, que tantas vidas humanas ceifava e outras tantas inutilizava em rudes paralisias e limitações orgânicas...
Lentamente passou a nutrir sentimentos de compaixão também pelos animais que eram expostos à crueldade, procedentes de raças indomáveis e espicaçados nos instintos inferiores e na agressividade para deleite de espectadores sanguinários e violentos.
Dois anos passaram-se lentos e mortificantes...
Visitado, mais de uma vez, por nobres servidores da Sociedade de amigos dos animais, essa respeitável Organização que vela pelos irmãos em processo de evolução que ainda se encontram na retaguarda, na qual todos oportunamente estivemos, foi ampliando a sua capacidade de respeito por toda e qualquer forma de vida, ensejando que o amor iniciasse no seu imo o despertar, a fim de agigantar-se mais tarde, emulando-o a inscrever-se nas suas fileiras, para erguer a bandeira de proteção aos touros...
Pareceria um paradoxo que o jovem revel, que triunfara mediante o hediondo comércio criminoso das corridas de touros, agora se transformasse em defensor da extinção do nefasto e degradante esporte sanguinário. Era, no entanto, o momento da sua conscientização, da reconquista do patrimônio da dignidade, que não apenas prescreve o uso do bem, mas também proscreve o crime e todas as suas formas de vigência no organismo social.
Iniciando uma campanha por meio do periodismo escrito, falado e mais tarde televisionado, a solicitação para entrevistas cresceu na razão direta em que a sua cidade, o seu país, depois o mundo hispânico em geral, tomaram conhecimento da revolução que se lhe operara no mundo interior.
Não faltaram aqueles que, a fim de justificarem a perversidade, informavam que se tratava de um desequilíbrio, e com refinada ironia atroavam:
— A chifrada certeira do touro, que o imobilizou, atirando-o ao solo, produziu-lhe uma lesão cerebral, de onde se derivou um choque psicológico muito grande, que lhe afetou o discernimento, a razão...
O jovem renovado, porém, não se permitiu afetar, compreendendo que em toda campanha de esclarecimento, os pertinazes desfrutadores da ignorância geral disputam até ao fim pela permanência dos recursos em que se comprazem, incapazes como se sentem de avançar em rumos diferentes que os libertem por definitivo...
Três anos se haviam passado... Agora, vinculado à Sociedade protetora dos animais, à Sociedade de promoção dos deficientes e à Instituição Espírita, Pilarzito não dispunha de tempo excedente para a autocompaixão, nem tampouco para agasalhar sentimentos perturbadores.
O amor cobre, sim, a multidão de pecados, conforme dissera Jesus. Em toda parte é o sol presente quando domina a treva, é a esperança que jamais desfalece e a força que impulsiona para frente, construindo a felicidade."

**** Baseado na história verídica do ex-toureito Álvaro Múnera. Leia mais sobre isso AQUI
**** O livro Quedas e Ascensão pode ser lido AQUI

Álvaro Múnera antes do acidente.

Hoje, Álvaro Múnera é ativista pelos animais.
**** O trabalho de Álvaro Múnera pode ser acompanhado através da página Alvaro Múnera, grupo de amigos del Diputado Animalista 


sábado, 25 de abril de 2020

Casos do livro Todos os animais merecem o céu - Animais


O livro "TODOS OS ANIMAIS MERECEM O CÉU" é psicografado pelo espírito de um veterinário que relata como é o trabalho de cuidados aos animais no mundo espiritual. Segue trechos com 4 casos interessantíssimos relatados no livro:

PALOMA (égua)

*Nota: Paloma já era considerada velha para um cavalo e recém havia desencarnado, pois não resistiu ao parto de sua potrinha. O veterinário encarnado Guilherme participou do parto. Mais tarde, em desdobramento durante o sono, Guilherme reencontra Paloma.

Guilherme olhou para frente e percebeu uma nuvem de poeira que se formava
e se movia à grande velocidade em direção aos dois.
— O que será aquilo? — perguntou Guilherme ao seu amigo Gustavo.
— Não reconhece? Olhe melhor.
— Parece um cavalo, e veja que cavalo esperto e ágil. Faz movimentos muito rápidos como nunca presenciei algum animal destes fazendo. Galopa tão velozmente que mal consigo acompanhar seus movimentos. Ele parece flutuar
no ar. Isso é incrível! — observou Guilherme, admirado com tamanha agilidade
em um animal tão pesado.
— Repare melhor e verá que é a nossa Paloma.
— Paloma?! Mas ela estava agora mesmo morrendo, por estar totalmente
enfraquecida. Como pode? Ela parece tão jovem e saudável!
— Lembra-se do que lhe disse sobre o corpo físico? — perguntou Gustavo. —
Pois então, o corpo de Paloma já estava gasto pelo tempo, mas seu espírito
permanece jovem.
A aparência dela agora é reflexo de como se sente neste momento e era assim que também estava, mesmo quando sua máquina física falhou. O corpo envelhece, mas o espírito não. Assim que a libertamos de seu corpo físico, ela
saltou para nossa dimensão como uma borboleta sai de sua crisálida, já dando
galopes, saltos, como se nada houvesse acontecido. De fato, nem houve
necessidade de sedá-la para proceder à soltura dos liames que a prendiam ao seu velho corpo esgotado. É espantoso como eles não se ressentem dos males sofridos no físico ao retornarem.
Enquanto Gustavo falava, Paloma vinha se aproximando dos dois. A poucos metros, diminuiu seu ritmo e aproximou-se trotando, para demonstrar como estava bem. E, mesmo quando estava a longa distância, já havia reconhecido Guilherme. Aproximou-se ainda mais e devagar para tocar-lhe a face com seu grande e quente focinho, como quem diz: “Eu sabia que você viria. Bem-vindo, amigo, à minha nova casa”. Em seguida, ofereceu um olhar meigo a ambos e afastou-se dali, a galope, até sumir de vista Guilherme não tinha certeza, mas parecia-lhe que ouviu as palavras de Paloma ecoarem dentro de seu cérebro.



PRETINHA (gata)

Estávamos eu e o Bruno tomando nosso desjejum, quando Pretinha veio até nós, miando, fortemente, e olhando para a jarra de leite, como que pedindo um pouco de forma insistente.
Estranhamos, pois ela não gosta de leite, mesmo assim, peguei uma vasilha e
coloquei um pouco para ela no chão. Para minha surpresa, Pretinha saiu correndo e voltou acompanhando Branquinha, como se estivesse amparando-a
até se aproximar do leite. Deixou-a beber e ficou observando-a o tempo todo,
em silêncio. Parecia que ela estava ali certificando-se de que ela tomaria tudo.
Ela estava preocupada com a saúde de Branquinha, que não acordou bem
naquela manhã.
— Então, o leite era para a outra gatinha? — perguntou Cláudia.
— Exatamente. Ela se preocupou em saber se a Branquinha estava se alimentando adequadamente e pediu o leite.



BONS (Cão)

*Nota: O veterinário Guilherme sofreu uma tentativa de assalto, mas o mundo espiritual fez de tudo para protege-lo. Nesse trecho, Gustavo explica tudo o que os protetores espirituais de Guilherme fizeram para evitar que ele sofresse algum dano. Até mesmo Bons, o cachorro ainda encarnado que Guilherme havia resgatado doente das ruas anos antes, participou.
Bons estava ligado a você mentalmente, por isso foi capaz de captar o perigo, mesmo antes de você, que estava preocupado com suas consultas.
Ele foi capaz de perceber o perigo e se antecipar, instintivamente, até mesmo antes do estouro dos pneus e ao surgimento dos malfeitores. O desejo de protegê-lo era tão grande que Bons conseguiu materializar-se através de algum mecanismo que não posso explicar ainda, mas pesquisarei a respeito.
Desta forma, ele foi capaz de afugentar os ladrões que, provavelmente, imaginaram que estavam diante de um cão fantasma, já que Bons não estava ali, fisicamente. Eu fico imaginando o susto que os bandidos levaram quando
viram um fantasma — falou Cláudia, rindo de sua última observação.
— Incrível! Meu cão é um paranormal. É um cão com poderes sobrenaturais.
— Não! — corrigiu Luciana, que prestava atenção às explicações e às palavras de Guilherme — O que ocorreu com Bons não é sobrenatural. Foi algo natural e Bons é um cão totalmente normal. Isso que você presenciou é algo que poderia ocorrer com qualquer um, porque não foge às leis da natureza. É certo que é algo que não acontece todos os dias, mas é totalmente normal. Deus faz tudo perfeito e não teria uma falha sequer em sua criação, por isso, nada do que ocorre pode ser considerado sobrenatural.
Pode estar acima de nossa capacidade de explicar ou de entender, pois não
sabemos de tudo ainda, mas, com certeza, não é sobrenatural.
— Deixemos este assunto para depois. Agora, eu gostaria de dizer o quanto
nossa equipe trabalhou para evitar que algo mais grave acontecesse com você,
hoje, pelas mãos de assassinos, com a ajuda de nosso amigo Bob — comentou Gustavo. Como dissemos, nossas três companheiras estão sempre acompanhando-o, e quando você se encaminhava para a propriedade do senhor Ichimura, uma de nossas amigas captou ondas de pensamentos que chamaram sua atenção. Eram dois homens armados que planejavam assaltar pessoas que transitassem por aquela estrada deserta. Imediatamente, a senhora Ana, da equipe médica que o acompanha, contatou a equipe de segurança para que enviasse auxílio, a fim de evitar que os senhores mal-intencionados levassem a termo seu plano. De acordo com a equipe de segurança, não passaria outro veículo por ali, exceto o seu, durante seu retorno à cidade. Ficaram de plantão, observando os dois homens que eram acompanhados por entidades carregadas de energias muito pesadas. Eram entidades trevosas que os intuíam a fazer o mal, com o qual se divertiam. Nossa equipe materializou-se aos malfeitores desencarnados que, acreditando estar diante de fantasmas, fugiram, assustados, deixando os malfeitores encarnados à sua própria sorte. Por isso, tornaram-se inseguros e cogitaram abandonar o projeto; mas, um deles, muito atrasado evolutivamente no sentido do aprendizado espiritual, insistiu no intento, Mesmo amedrontados, persistiram. A adrenalina percorria-lhes o corpo, pois o temor era muito grande. A vítima poderia estar armada, também. Estavam temerosos, mas, prosseguiram, colocando, uma tábua com pregos longos escondida sob a poeira da estrada e as folhas, dificultando ser vista por algum motorista, mesmo que fosse muito observador. Quando você passou com seu veículo sobre a tábua de pregos, os pneus estouraram e você se viu obrigado a parar, bruscamente. Enquanto você estava se recompondo, vieram, sorrateiros, por trás, para surpreendê-lo.
Antes que você chegasse e fosse subjugado, nossa equipe aplicou-lhes uma certa quantidade de energias que sobrecarregaram seus sistemas nervoso e circulatório, causando fortes dores de cabeça e cólicas intestinais que os incomodavam muito. Acreditaram que foi por causa de umas coisas que comeram na cidade. Precisávamos da ajuda de alguém que os assustasse, não temesse o perigo e que estivesse disposto a enfrentá-los. Bons, era a primeira escolha. Bons, que estava em sua casa, pôde acompanhar tudo o quanto ocorria, através de uma tela mental que criamos. Para Bob, aliás, Bons, a ação ocorreu em tempo real, pois, ele estava presente, ainda que somente em espírito. Os dois homens tinham energias densas abundantes, suficientes para produzir a materialização de Bons, mas ele não aceitou dormir, apesar de toda energia calmante que aplicamos nele, por estar preocupado com sua segurança. No entanto, exaltado, acidentou-se de encontro ao muro (apesar do espírito de Bons estar no local do assalto, o corpo de Bons permanecia no quintal de casa e, assim, ele acabou batendo a cabeça no muro). Ele nada sofreu, pois nossa equipe aplicou-lhe analgésicos. Inconsciente, desdobrou-se até onde você estava e recebeu ectoplasma emprestado dos mal feitores. Materializado, Bob conseguiu afugentá-los e salvar o dia. Enquanto isso, nossa equipe médica enviou uma mensagem ao mentor espiritual de Cláudia, que, entendendo do que se tratava, a intuiu a sair à sua procura, a fim de auxiliá-lo em seu retorno em segurança — concluiu Gustavo.
— Puxa! Vocês estão atentos a tudo, hein! — comentou Guilherme.
— Não é bem assim. Nós trabalhamos em atividades relacionadas aos animais. As outras equipes com funções gerais são de colônias que trabalham paralelamente à nossa, visando o ser humano. Neste caso, você. Por isso, foi pedida à outra colônia uma equipe de segurança, que se incumbiu de afugentar os agentes das trevas e provocar mal-estar nas pessoas que tentaram assaltá-lo.



BOB (Cão)

Enquanto Gustavo falava, surgiu, cabisbaixo, alguém, que se aproximou
timidamente dos dois. Era um senhor de cabelos grisalhos, alto e com o rosto
vincado pela idade avançada. Parecia ter cerca de oitenta anos. Ao aproximar-se dos interlocutores, permaneceu ainda cabisbaixo.
Aquele senhor de aparência humilde, com roupas simples, atitudes tímidas e de voz muito baixa, deu um grande suspiro, como que para adquirir mais força, ergueu a cabeça de forma lenta e insegura, expondo seu rosto, que Guilherme reconheceu como sendo mesmo o de seu pai, mas não teve coragem de encará-lo.
— Não sou digno de olhá-lo nos olhos, filho! Estou aqui para pedir-lhe que me perdoe pelo que fizemos — disse o senhor Benati.
— Mas perdoar por quê? O que o senhor poderia ter feito para que necessite de perdão? Você só me deu alegria e me criou com o maior carinho — falou o filho ao pai.
— Não se iluda com isso, filho. Sou um criminoso e estou aqui nesta colônia para me redimir através do trabalho. Estou aqui por minha vontade de me recuperar da culpa que me corrói por dentro.
— Que crime poderia ter cometido? Você sempre foi uma pessoa notável e ótimo pai. Não diga tal inverdade.
— Sou o responsável pela morte dolorosa de Bob. Com remorso, até hoje me puno pelo mal que cometi a você e ao pobre cão inocente. A consciência pesada foi a causa do surgimento do mal que me consumiu os pulmões, destruindo-me a saúde e minha energia vital junto com meu corpo físico. Sofro muito com as lembranças, por isso tenho esta aparência envelhecida. Preciso que me perdoe, senão ficarei eternamente me martirizando. Perdoe-me, filho. Perdoe-me! — implorou Benati ao filho. Não acredito que vocês tenham tomado parte na morte de Bob, pois sei que você e mamãe também o amavam. Não é assim? — perguntou ao pai, que respondeu com a voz embargada e com os olhos inundados de lágrimas. Não, não foi assim. Apenas o tolerávamos por sua causa. Seus uivos agudos incomodavam, seus latidos incessantes tiravam o sossego, suas travessuras tiravam-me o equilíbrio, eu não suportava mais a presença daquele animal em casa. Resolvi envenená-lo e, quando fosse de manhã, o encontraríamos já morto e diria a você que ele morreu de algum mal súbito. Infelizmente; Bob era muito resistente e a dose de veneno que dei não o matou, apenas o intoxicou e o atordoou. Pela ação do veneno, uma dor o maltratava, por isso começou a gemer e a ganir. Aqueles gemidos altos poderiam acordá-los ou chamar a atenção de alguém da vizinhança, por isso dei outra dose mais forte. Ele era muito resistente e não morreu. Eu não sabia, mas os trabalhadores desta colônia faziam o possível para que não morresse e, para tanto, ministravam-lhe medicamentos energéticos capazes de neutralizar as toxinas que lhe dei. A quantidade dada era suficiente para um animal com quatro vezes o seu peso, mas ele continuava vivo, apesar de estar semiconsciente. Irritado, peguei um objeto pesado que encontrei perto e arremessei contra sua cabeça, acreditando que seria mais rápido assim, mas ele ainda respirava.
Benati pára por um instante para enxugar as lágrimas de arrependimento que rolavam por sua face, para continuar em seguida.
— Tornei a golpear-lhe o crânio, com mais violência. Por fim, decidi embebê-lo em gasolina e atear fogo sobre ele. Dizia isso, enquanto sua voz quase sumia entre soluços e engasgos. A imagem que mais me impressionou e ainda tenho comigo e me consome o espírito foi vê-lo ganindo alto de dor enquanto era consumido pelas chamas.
Seus olhos foram sendo cozidos nas órbitas, até explodirem, espalhando um líquido quente que me atingiu o rosto. Ainda sinto o calor das chamas sobre meu rosto.
Tentei enterrá-lo para que não vissem nada, mas não tive tempo, pois já amanhecia. Sua mãe, quando acordou, me viu ao lado do corpo de Bob, pois não houve tempo para escondê-lo. Ela impressionou-se tanto com o que viu que nunca mais falou comigo até eu sucumbir pela enfermidade que me tomou.
Dizendo isso, ajoelhou-se, colocou as mãos no rosto e chorou alto, implorando perdão. Permaneceu nesta posição algum tempo, quando, repentinamente, ouviu-se longe um latido. Era um cão de grande porte, com longos pêlos cinza, que se aproximava, correndo e saltando alegre.
Era Bob. Ele não tinha marcas ou cicatrizes. Bob vinha trazendo uma bola, que era seu brinquedo favorito. Corria atrás da bola, jogava-a para cima, pegava a novamente e corria. Estava fazendo gracinhas para chamar a atenção. Ele tinha muito ciúme daquela bola e não deixava ninguém tocá-la. Mas aproximando-se dos dois, Bob aquietou-se, e deixou cair a pequena bola próxima às mãos do senhor Benati e novamente soltou outro latido, que demonstrava alegria. Como Benati não se mostrava animado em brincar com ele, começou a correr e a pular ao redor do pai de Guilherme. Por fim, encorajado pelo filho, que lhe tocou no ombro, olhou para Bob, que o chamava para brincar com a bola. Benati, diante daquele cão de olhos azuis, não conseguia dizer uma só palavra. Ficou imóvel. Não podia acreditar no que via: Bob o chamou novamente e saltou sobre aquele senhor de penosa
aparência, lambendo-lhe o rosto, a cabeça, as mãos e, novamente, ofereceu-lhe o brinquedo. O senhor Benati, — por fim, pegou a bola e abraçou Bob com grande carinho, o que o animal retribuiu com um uivo rouco de alegria.
Guilherme disse, então:
— Pai, o senhor não me deve nada. Não há o que perdoar. Não se preocupe. Bob, no entanto, o perdoou.
Então, os três se abraçaram, demoradamente, enquanto Bob dava uivos de alegria por estarem juntos novamente.
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segunda-feira, 20 de abril de 2020

A caça / caçadores de animais no livro Todos os animais merecem o céu



O livro "TODOS OS ANIMAIS MERECEM O CÉU" é psicografado pelo espírito de um veterinário que relata como é o trabalho de cuidados aos animais no mundo espiritual. Segue trechos do livro sobre os caçadores de animais:

...os selvagens são seres ignorantes, no sentido espiritual. Não são ignorantes intelectualmente, pois muitos deles são até mesmo doutores na Terra; no entanto, se comprazem em ferir e maltratar animais. Organizam caçadas e safáris no mundo físico para exterminar animais indefesos e, durante o sono, libertam-se de seus corpos físicos e tentam entrar clandestinamente em nossos limites, a fim de praticar este esporte detestável, que é a caça de animais com armas plasmadas mentalmente por eles. Os animais que estão aqui não podem ser aniquilados, pois já estão desencarnados, mas, mesmo assim, podem sofrer graves desequilíbrios que atrasariam seu retorno ao mundo físico, em função dos transtornos decorrentes. Essas pessoas são frequentemente acompanhadas por seres horripilantes, que se assemelham a animais em aspecto, apesar de serem humanos vindos de regiões trevosas, agindo como guias de caça, indicando os lugares onde se encontram os animais e fornecendo armas e munições em troca de um pagamento que me arrepia só de pensar. 

— Pagamentos? 

— Sim, como pagamento pelos serviços de guia, eles entregam suas energias 

vitais a eles, que os sugam enquanto estão em atividade na Terra durante a 

vigília. 

— Nossa! Que terrível. E se conseguirem entrar, como se defendem? 

— Temos uma equipe de segurança a postos, ininterruptamente, munida 

de armas elétricas que produzem descargas dolorosas que fazem os encarnados desdobrados despertarem na Terra com horríveis dores de cabeça. Os desencarnados atingidos pelos raios, geralmente desmaiam e são levados de volta ao seu lugar nas profundezas. Enquanto os encarnados se preocupam com a cefaléia, esquecem nossos animais e os seus parasitas espirituais também não os alcançam, pois, os raios possuem uma característica que é a de modificar seus padrões vibratórios. Quando os mudam, tornam-se ‘indigestos’ aos parasitas que procuram se afastar, ao menos, temporariamente. Na verdade, a descarga elétrica que recebem se assemelha, em termos de freqüência, ao passe magnético, ou à hóstia, ou, ainda, quando vão à igreja evangélica, às energias da imposição das mãos. Quando os selvagens se sobrecarregam destas energias positivas, que são contrárias às energias que carregam consigo, normalmente, sentem forte mal-estar e acordam.

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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Casos do livro A Desencarnação dos Animais - Humanos

O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado". No livo ele conta a história de Lívio, um dos colaboradores da colônia Celeiro dos Anjos, e, mais tarde, conta a sua própria história.



A HISTÓRIA DE LÍVIO:

Lívio é muito bondoso com todos e está sempre trabalhando. Tornou-se um grande socorrista. Também foi médico-veterinário.
Desencarnou em 1956, aos quarenta e seis anos, vítima de um enfarte fulminante. Era casado, tinha dois filhos, mas, apesar de ser um bom esposo e bom pai, era muito ambicioso e, mesmo gostando de animais, às vezes não os tratava bem. Não tinha muita paciência e só via lucro em tudo o que fazia. Muitas vezes, recusava atendimento a animaizinhos de pessoas humildes, que não tinham como pagar. Essas pessoas sofriam ao ver seus amiguinhos doentes, sem que nada pudessem fazer. Quando Lívio desencarnou, foi para o Umbral, e lá ficou por algum tempo. Além de ter usado a Medicina-veterinária só visando ao lucro, ainda tornou-se um suicida.
Ele tinha um histórico na família de doenças cardíacas e, sabendo disso, não se cuidava. Fumava em demasia, alimentava-se de comidas gordurosas e abusava do álcool. Por isso teve enfarte. Usou seu livre-arbítrio de maneira errada, para sua própria destruição. Lá, nessa zona inferior, pode fazer uma avaliação de sua reencarnação, que foi praticamente perdida em relação ao que ele havia se proposto, além de não ter cuidado de sua vestimenta carnal, ou melhor, de seu corpo físico. O tempo que passou no umbral o fez modificar-se e tornar-se uma alma nobre e dedicada à causa. Passou então à trabalhar no socorro aos animais abandonados e maltratados pelo homem.
(...)
Foi a vez de Lívio voltar a reencarnar. Eu, Laís e outro colaborador, chamado João, fomos nos despedir dele e assistimos ao seu nascimento. Ele reencarnou em uma família de classe média, seus pais eram pessoas boas. Sua missão era ser médico-veterinário, mas teria de fazer muitas obras em prol de nossos irmãozinhos sofredores.


A HISTÓRIA DE FABRÍCIO:
Você deve saber para dar cada vez mais valor à nossa missão. Todos nós erramos, e conhecer nossos erros é muito importante para nos aperfeiçoarmos.
Há exatamente cento e oitenta anos, nós vivíamos na zona norte do Rio de Janeiro. Não éramos pobres nem ricos, mas éramos ambiciosos. Você era meu filho; sua mãe, doce e meiga, não gostava do nosso trabalho. Eu brigava com ela, impunha as minhas vontades e até coloquei você para trabalhar comigo bem cedo. Ela foi entristecendo e já não ligava para nós dois. Hoje sei que estava errado, mas, na época, não me dava conta disso.
Um matadouro! Eu era o dono, e você me auxiliava. Eu não os matava, mas você sim, quando faltava algum empregado.
Meu filho, erramos muito, mas já pagamos uma boa parte.
- Como pude ser um deles, Meu Deus! E eu, quando conversava com Laís e Lívio, criticava esses homens cruéis.
 Eles sabiam, mas não tinham como tocar no assunto, nem queriam.
Fabrício, isso já passou e eles agora sentem orgulho de você. Sabemos que Lívio reencarnou, mas, ele, quando estava ao seu lado, sentia em você um grande médico; sabia que era um exemplo para a colônia. Por isso é que não devemos odiar esses homens, meu filho, e sim ter compaixão por eles, pois muitos que estão no Celeiro dos Anjos também foram um deles, assim como você e eu.
Nossa vida foi muito sofrida. Sua mãe faleceu poucos anos depois que nos deixou. Depois foi minha vez, e você ficou morando sozinho. Então conheceu uma jovem, apaixonou-se e quis desposa-la, mas, assim que ela soube de seu trabalho, desapareceu, com medo. Via em você um assassino. Você se revoltou e descontava nos pobres animais toda a sua revolta. Nunca conseguiu se casar e morreu sozinho, como um cão abandonado, pois ninguém sentia piedade de um matador de animais. A matança que fazíamos era medieval; e ainda hoje em nada ela difere.
Fui para o Umbral e lá fiquei anos, sofrendo por tudo o que havia feito. Quando você chegou, eu ainda estava lá.  Sofremos por nossos atos cruéis e, apesar do sofrimento, não achávamos que estávamos errados. Por isso é que permanecemos lá por muito mais tempo. O verdadeiro arrependimento só veio depois de longos anos, e então trouxeram-nos para cá. Sua mãe nos perdoou e disse que voltaria como sua mãe novamente para orienta-lo melhor, pois nos havia abandonado. Aqui estudamos e trabalhamos. Então, ela reencarnou para cumprir o que prometeu: orienta-lo e fazer com que você cumprisse a sua missão.
Seu pai (da última encarnação) era um antigo parente de outras encarnações. Sua noiva Lígia era a moça que fugira de você. Se tivesse ficado ao seu lado naquela época, com certeza o tiraria daquela vida, pois a amava muito e faria o que ela pedisse. Como fugiu, contraiu um débito, pois tinha prometido, antes de reencarnar, ajudar você.
--> Quanta tristeza senti ao saber de tudo! Levantei-me do banco ode estávamos sentados, nos abraçamos e ele disse:
Perdoe-me, meu filho! Eu era tão ignorante moralmente. Perdoe-me” por isso fui escolhido par ser o seu guia. Eu até poderia leva-lo a uma sala onde você se lembraria de tudo, mas achei melhor não. Agora que sabe o passado, para que reviver essas dores?
- Não, não precisa. Já foi o suficiente o que o senhor me contou, e cada vez mais darei o melhor de mim para apagar essa história de minha lembrança.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Pessoas que maltratam os animais no livro A Desencarnação dos Animais


O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado". Segue trechos do livro sobre os "humanos" que maltratam os animais.


... estudar para conseguir entender melhor os homens e suas maldades. Não podemos sentir ódio dele, e sim compaixão, pois estão em total desalinho com o Universo e sofrerão essas consequências quando desencarnarem.
- Vão passar pelo Umbral?
- Com toda certeza!
- Nossa! Lá é terrível!
- Cada um colhe aquilo que plantou. Ninguém planta batata, e colhe maçã. Cada ser humano é responsável por seus atos. Todos tem livre-arbítrio, e cabe a cada um fazer uso dele par ao bem ou para o mal e, assim, criar dívidas ou não.


Muitos na Terra são pessoas boas, que amam os animais, mas comem carne. Nós mesmos comíamos todo o tipo de carne animal, quando estávamos encarnados. As pessoas acham que não podem fazer nada e pensam: “Os animais já estão mortos mesmo, então por que não comer?”. Contudo, se todos disserem não, acaba-se com todo esse comércio macabro. Seria o fim do “holocausto animal”. Mas infelizmente poucos pensam na trajetória do bife para chegar ao prato. E é bom nem falarmos na carne da vitela! A vibração negativa na hora da morte de nossos irmãozinhos é terrível. Eles gritam de dor e de tristeza, e essa vibração toda, altamente negativa, vai para a mesa das pessoas. Já as vibrações dos vegetais, dos legumes e das frutas são harmoniosas e colaboram para a cura de muitas doenças... Mas ninguém se preocupa com a saúde. Só quando adoecem. Eles não imaginam que estão ingerindo proteína carregada de sofrimento. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai. Todos nós, inclusive os animais de todas as espécies e tudo o que habita o planeta, como os minerais e os vegetais, viemos do elemento inteligente universal.





Na Terra há um atraso moral muito grande, pois os homens sentem prazer em roubar, matar, ludibriar, mentir, entre outras coisas mais, e se satisfazem com isso. Por esse motivo, ela é um planeta de expiação e aprendizado. O homem e os animais estão sujeitos a uma lei progressiva. Ambos tem as mesmas funções em seu corpo: os mesmos órgãos, o mesmo modo de nutrição, de respiração, secreção e reprodução, e sentem dor. Eles nascem, vivem e morrem nas mesmas condições, e seus corpos se decompõem igualmente. Tanto no corpo do animal quanto no do homem, não há um átomo diferente; por isso, quem é cruel com um animal não pode ser um bom homem.
Sabemos quando um homem é bom ou mau, pois a aura é umcampo fotográfico. Assim, podemos ver todas as suas virtudes ou maldades. E de nada adianta rezas e dedicação à religião, se, em suas mentes, persistir o mesmo pensamento, pois a única ligação com o Cosmo é o amor. Por isso devemos amar a todos os seres incondicionalmente, inclusive os animais.
O homem é aquilo que come. Quanto maior e mais grosseiro é o seu alimento, mais grosseiro será o seu corpo. Não haverá justiça em nosso planeta enquanto os homens destruírem aqueles que são mais fracos do que eles. Somos anjos da guarda dos animais; por isso temos de aprender cada vez mais sobre sua desencarnação e como se dá seu processo evolutivo.





- Não haverá justiça na Terra enquanto os homens destruírem os mais fracos. Pertencemos todos ao mesmo Pai, porque Deus está em todos nós, inclusive nos animais. A não-violência nos leva aos mais altos conceitos de ética, que é o objetivo de toda a evolução. Os encarnados estão sempre a temer por tudo que desconhecem, inclusive pelo mundo espiritual, pois, em algumas religiões, há sempre o demônio por trás de tudo. O que os encarnados tem de saber é que o que atraem para si se dá por afinidade.
- É impressionante como o homem trata o próprio estômago como se fosse uma lixeira de restos animais, vísceras, etc.
- Muitas coisas e muitos pensamentos tem de ser mudados. E a principal reforma, deve ocorrer no íntimo de cada um.





Conversamos sobre os homens que trabalham nos matadouros e os que maltratavam os animais, de quem devemos sentir uma piedade profunda e não raiva ou desprezo, pois trata-se de espíritos encarnados ainda em evolução e aprendizagem.
Estávamos eu, Lívio, Laís e mais alguns. Bernardo, o mais velho, estava lá, fazia mais de oitenta anos e nos contou que, nesse período, nada havia mudado em relação aos homens que trabalhavam naqueles horrendos lugares. Disse-nos que eram espíritos ainda com um grau muito elevado de atraso moral. Assim, atraíam cada vez mais para perto de si espíritos da região umbralina. Esses espíritos lhe impunham seus desejos, e eles ficavam cada vez mais reféns das vontades alheias. Seus mentores, apesar de estarem sempre por perto a aconselha-los para que saíssem da tal obsessão que os fascinava, não eram ouvidos. Desse modo, crescia a afinidade com os espíritos trevosos, que passavam a domina-los.
- Quando esses seres desencarnam, são levados para o Umbral e ficam por lá longo tempo. Seus guias se sentem fracassados em sua missão e, daí em diante, não os acompanham mais. A missão do guia vai do nascimento até a desencarnação. Quando o encarnado é bom e segue a trajetória que se prontificou a trilhar ao reencarnar, aí sim seu guia espiritual o acompanha.
- Eles carregam uma carga negativa muito grande, tanto que, ao se aproximarem de um encarnado mais sensível, que não vibra na mesma faixa que eles, isso é logo percebido. Aí a pessoa se afasta, pois se sente mal. Quando eles vão para casa carregando todo esse miasma pesado, o lar se torna carregado e logo surgem as brigas, os conflitos e as doenças. Todos os que lá habitam são envolvidos por essa exalação deletéria que emana com o mesmo cheiro dos animais em decomposição. É isso que envolve suas auras e que eles levam para casa.
- Não consigo entender como esses homens conseguem trabalhar em locais assim.
- Para eles é indiferente. São desprovidos de compaixão, piedade e amor. Alguns poucos ainda sentem algum arrependimento. Ficam até perturbados, mas desligam suas emoções e passam a não se importar com nada do que estão fazendo. Para eles, é um trabalho como outro qualquer. Eles temo cheiro da morte, pois se tornaram assassinos em massa. São, na verdade, máquinas feitas para matar.





Granjas, matadouros e frigoríficos são, na verdade, um “holocausto animal”, e quem os têm e trabalha neles deixa uma conta imensa aberta no Universo... Isso tudo faz parte do processo evolutivo, e cabe a cada um essa transformação. O amor e a compaixão para com os seres vivos é uma vitória contra a escuridão.
- Eu sei, e o ideal para o homem é cortar todas as ligações com essa sintonia, não comendo carne de nenhuma espécie.
- Cada vez que o homem comprar um produto que está livre de crueldade estará se iluminando.


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Matadouros e socorro aos animais no livro A Desencarnação dos Animais


O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado". Segue trechos do livro que relata o que acontece nos matadouros e como é feito e resgate dos animais:


Seguimos para um matadouro. A um quilômetro de distância, já podíamos sentir a forte vibração que vinha de lá. Senti-me enjoado e um pouco tonto. Laís e Lívio me prepararam, aplicando-se passes magnéticos, e logo melhorei. Contudo, não entrei, fiquei do lado de fora. As entidades que lá estavam tinham uma aparência horrível. Eram espíritos deformados por baixa vibração. Alguns não possuíam pernas, só cabeça, braços e tronco; o resto era uma massa disforme.
O cheiro que vinha de dentro do matadouro era nauseante. Laís e Lívio entraram, senti que ainda não estava preparado. Os encarnados que lá trabalhavam saíam rindo, contando piadas, sem se importarem com o sofrimento daquelas criaturinhas. Comecei a chorar e rezar, pois me preparara durante um ano em Nosso Lar para não sentir ódio; no entanto estava sendo muito difícil. Pude ver que seus guias espirituais ficavam a distância deles, e oravam muito. Pobres guias! Que tarefa árdua a deles com aqueles pupilos! Mas já sabiam que seria assim.
O matadouro era enorme. Muitos homens trabalhavam ali. A maioria tinha à sua volta uma energia muito ruim. Alguns espíritos atrasados os obsediavam e, quando viam que éramos os socorristas, riam e zombavam de nosso trabalho, mas não se aproximavam, pois possuíamos um campo vibratório magnético próprio para ir àqueles lugares, o que os impedia de chegarem perto de nós. Depois de rezar muito e finalmente não sentir mais ódio, entrei.  Fiquei horrorizado e quase desfaleci. Lívio e mais outros correram em minha direção, e fui melhorando; a primeira vez é sempre assim para nós.
Os animais recém abatidos se desligam dos corpos muito traumatizados, enquanto aqueles espíritos horríveis e deformados sugam-lhes a carne recém abatida. Eles tremiam, debatiam-se, e nós o acalmávamos. Depois, colocávamos todos em sono profundo. Isso durou o dia inteiro, até que o matadouro fechasse, para no dia seguinte tudo começar novamente. Fiquei tão chocado que não tinha palavras a pronunciar.  Lá havia apenas 20 trabalhadores como nós, para socorrer tantas alminhas indefesas.
Depois de adormecidos, todos foram colocados na vibração de sua respectiva alma-grupo: havia cabritos, bois, carneiros e porcos. As aves, como já dito, eram levadas por alguns irmãos ao celeiro que ficava acima do matadouro. Graças a Deus, aqueles animais estavam amparados por nós, e ninguém mais iria prejudica-los. Podia-se ver a energia prateada de cada alma-grupo brilhando intensamente. Com um forte campo magnético, levamos todas para o Celeiro dos Anjos, onde suspirei aliviado. Colocamos as almas-grupo dentro de enormes galpões que ficavam, em círculos, um ao lado do outro.
Permanecemos com os animais até que acordassem. Todos, sem exceção, ao acordar, pensavam que iam passar por tudo aquilo novamente. Então nós os acalmávamos, dando-lhes passes e muito carinho. O próprio galpão possuía uma vibração muito especial. Como éramos muitos na colônia, dávamos conta de todos. Esse processo de recuperação durava mais ou mens uma semana. Depois, eles ficavam mais confiantes. Toda noite havia o coral, e os que já estavam recuperados iam para perto de nós. Mesmo dentro dos galpões, eles podiam ouvir o canto celestial; sentiam-se protegidos e se acalmavam. Era triste traze-los daquele jeito, assim como era triste levá-los para reencarnar, pois sabíamos que iriam passar novamente por tudo aquilo. Infelizmente, essa era a mossa missão e a deles também.
Eu estava exausto e sentia que meu campo vibratório estava fraco, em decorrência de tudo o que vira. Então, um grupo que acompanhava Laís e Lívio me ajudou a recuperar as forças. Repousei, li um pouco e depois fui até a Praça da Harmonia, a fim de desfrutar do canto e da paz daquele ambiente. Pude ver os animais que já tinham se recuperado à nossa volta e me senti gratificado por estar ali. Quando a música acabou, fui ver os animais que havíamos trazido. Estavam todos bem, dormindo mais tranquilos. Oramos ao Pai, agradecendo pelo trabalho e pedindo maior compreensão para com todos os homens que maltratam os animais.
... E assim se passaram mais alguns meses. Apesar de ainda sentir muita tristeza ao ir aos matadouros, já não tinha tanta revolta. Eu orava muito, antes e depois, por todos. Laís e Lívio me disseram que os irmãos que estavam ali há anos não se acostumavam. Ninguém se acostuma com essas barbáries.


É um horror! O cheiro é repugnante, e os encarnados acham maravilhoso. Os frigoríficos cheiram mal, tanto na parte material como na contraparte astral. Centenas de espíritos atrasados ficam ali para sugar as energias. As pobres criaturinhas de Deus, mesmo antes de serem abatidas, sentem um terror tão grande que liberam hormônios no corpo, os quais atuam como venenos impregnando a carne. São emanações de terror, sofrimento, dor, sem falar na sensação de serem animais odiados, e não amados como desejavam. Essas terríveis emanações estão no prato de todos aqueles que consomem carne.

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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Consumo de carne e vegetarianismo no livro A Desencarnação dos Animais


O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e continuou cuidando dos animais não-humanos do "outro lado". Segue trechos do livro sobre o consumo de carne e vegetarianismo.


Chegará o dia em que todos os homens serão vegetarianos por amor aos nossos amiguinhos, e quando esse dia chegar a Terra será um planeta de paz e harmonia com o Universo, não havendo mais guerra, conflitos e tristezas. Então, a Terra se tornará um oásis.
- Mas isso vai demorar muito.
- Vai, mas um dia chegaremos lá.
- Dá até desânimo!
- Não, amigo, se pensarmos assim, não faremos mais nada. Todo o progresso é lento, requer tempo, por isso reencarnamos na Terra. Existem milhares de planetas habitados que já passaram por esse processo, e hoje tornaram-se harmoniosos. São verdadeiros lares de paz, harmonia e progresso. Lá os animais de todas as espécies são livrs e tratados com igualdade. Ainda chegaremos a esse nível.


Muitos na Terra são pessoas boas, que amam os animais, mas comem carne. Nós mesmos comíamos todo o tipo de carne animal, quando estávamos encarnados. As pessoas acham que não podem fazer nada e pensam: “Os animais já estão mortos mesmo, então por que não comer?”. Contudo, se todos disserem não, acaba-se com todo esse comércio macabro. Seria o fim do “holocausto animal”. Mas infelizmente poucos pensam na trajetória do bife para chegar ao prato. E é bom nem falarmos na carne da vitela! A vibração negativa na hora da morte de nossos irmãozinhos é terrível. Eles gritam de dor e de tristeza, e essa vibração toda, altamente negativa, vai para a mesa das pessoas. Já as vibrações dos vegetais, dos legumes e das frutas são harmoniosas e colaboram para a cura de muitas doenças... Mas ninguém se preocupa com a saúde. Só quando adoecem. Eles não imaginam que estão ingerindo proteína carregada de sofrimento. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai. Todos nós, inclusive os animais de todas as espécies e tudo o que habita o planeta, como os minerais e os vegetais, viemos do elemento inteligente universal.


Para tudo há um tempo. As populações ribeirinhas são extremamente pobres e não tem acesso à nenhuma informação. Assim como os índios, criam animais e se alimentam de caça, da pesca e de alguns vegetais. Algumas tribos vão mais longe, comem tatus, veados, tamanduás, porcos do mato e até morcego. Como poderíamos imaginar que essas humildes criaturas desinformadas aceitassem não consumir carne? É por isso que essa transformação tem que começar pelo homem instruído, para que depois, gradativamente, a compreensão chegue a todos. Por isso é que acho que levará um bom tempo para a mudança ser efetivada.


Granjas, matadouros e frigoríficos são, na verdade, um “holocausto animal”, e quem os têm e trabalha neles deixa uma conta imensa aberta no Universo... Isso tudo faz parte do processo evolutivo, e cabe a cada um essa transformação. O amor e a compaixão para com os seres vivos é uma vitória contra a escuridão.
- Eu sei, e o ideal para o homem é cortar todas as ligações com essa sintonia, não comendo carne de nenhuma espécie.
- Cada vez que o homem comprar um produto que está livre de crueldade estará se iluminando.
- Os animais possuem um princípio inteligente, uma alma que lhe é própria; porém, estão em uma fase evolutiva anterior à do homem. Eles evoluem lentamente, e nós somos os responsáveis por sua evolução, pois tudo se encandeia no Universo.



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Casos de espíritos do livro A desencarnação dos Animais

O livro "A DESENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS" é psicografado pelo espírito do veterinário Fabrício, que desencarnou na década de 70 e cont...