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| Kika |
Quando perdeu a irmã, em
julho de 2010, a servidora aposentada Elizabeth Rodrigues, 50, herdou um
presente que a ajudou a superar a dor, a poodle Kika, hoje com quatro anos.
Dócil, a cadela se tornou companheira para todas as horas da aposentada, mas,
indiretamente, ‘causou’ um problema com o condomínio onde ela vivia com o
marido no Sudoeste.
A
convenção coletiva do condomínio em questão proíbe animais de qualquer porte
nas dependências comuns e nos apartamentos do edifício, na quadra 301, no DF. A
desobediência custou cerca de R$ 2 mil em multas e uma mudança não desejada.
“Falei
com a síndica na época, mas ela foi intransigente. E, além de termos nos
apegado muito, eu não tinha outro lugar para deixá-la. Por isso resolvi
contratar um advogado e brigar”, conta. O condomínio entrou na Justiça primeiro
e conseguiu uma vitória em primeira instância. Sem opção, o casal resolveu se
mudar para outro prédio, na mesma quadra.
“Tivemos
que sair praticamente corridos do apartamento – depois de pagar as multas com
juros e correção”, relata o servidor federal Leopoldo Costa, 60. Decisão da 6ª
Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF divulgada ontem, porém, autorizou o
casal a manter o animal no apartamento até o fim do processo.
Entre
as justificativas apresentadas, está o fato de a cadela “representar importante
suporte psicológico” à sua tutora. Para os juízes, a permanência de animais de
pequeno porte deve ser tolerada em apartamentos, “sob pena de violação ao
direito de propriedade e de privacidade de cada morador”.
Expectativa
A
decisão judicial deu esperanças a outros moradores de condomínios que lutam
para ter animais domésticos em casa. É o caso de Tânia Maria, vizinha de
Elizabeth no prédio que proíbe animais.
“Um
morador que tinha quatro cachorros que realmente eram barulhentos motivou essa
regra, mas há casos diferentes. Nosso Duppy não faz nada de barulho, não
atrapalha ninguém”, disse, enquanto fazia carinho no shih-tzu de quatro anos.
Ela
procurou o animal para fazer companhia ao filho Vinícius, 10. “Foi por uma
questão de socialização mesmo. E nos apegamos muito a ele”, conta. Ela está em
uma batalha judicial para manter o cão. “Espero que essa decisão nos ajude
também.”
Fonte: Band

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