Quem procura a
Delegacia de Proteção aos Animais de Campinas (SP) está encontrando dificuldade
para registrar o boletim de ocorrência. Entre as principais queixas estão “a
burocracia e a má vontade” de alguns profissionais.
O delegado
responsável pela delegacia, Antônio Erivelto Piva Júnior, nega o problema e diz
que todas as pessoas que procuram o serviço são atendidas normalmente.
Regina Selma
Moura conta que procurou a delegacia na última segunda-feira (27) para fazer um
registro de maus-tratos contra o cão da raça rotweiller violentamente espancado
no último sábado (25), e só saiu de lá com o BO nas mãos depois de insistir
muito pelo registro.
“Levei só o
endereço e não sabia o nome do tutor do animal. O escrivão me falou que só
podia regisrar se tivesse com todos os dados em mãos. Passou um rádio para o
delegado e ele disse para fazer apenas se tivesse a qualificação do autor do
delito”, disse.
Regina afirmou
que conseguiu que um investigador fosse até o endereço que ela passou para
trazer as informações para a delegacia. “Fiquei lá das 14h às 18h e disse que
não ia sair de lá sem aquele BO. Agora não tem cabimento levar os dados do
agressor. É a mesma coisa do ladrão assaltar a minha casa e eu ter que dar o
nome dele para a polícia investigar”, reclamou.
Quem também
teve problemas para registrar o boletim de ocorrência foi a dona de casa Zai
Aparecida Dias. Ela disse que há cerca dois meses procurou a delegacia para
registrar o envenenamento de seu gato supostamente por uma vizinha, mas não
conseguiu. “Ela já envenenou vários até chegar o ponto de eu não aguentar e
registrar queixa na delegacia. Disseram que eu tinha que fazer autópsia e levar
o laudo.”
Zai disse que
procurou outra delegacia para registrar o BO, o 9º DP, na Avenida Suaçuna e que
foi bem atendida.
Um homem que
se identificou apenas como D.Z também procurou a delegacia para denunciar um
desmatamento no bairro Gargantilha, em uma Área de Proteção Ambiental — crime
também de competência de apuração daquele distrito — e não conseguiu registrar
o BO.
Segundo o
delegado titular, Antônio Erivelto Piva Júnior, não é colocado empecilho a quem
procura a delegacia. “Nenhuma pessoa que veio aqui saiu sem registrar BO, a não
ser aquelas ocorrências que não são pertinentes à delegacia”, afirmou. Sobre as
exigências de dados, a delegacia informou que trabalha com lei específicas e
precisa seguir. Piva assumiu a função em junho.
O cidadão que
tiver alguma denúncia pode fazê-la através da Ouvidoria das polícias ou da
Corregedoria da Polícia Civil no site: www.ssp.sp.gov.br/servicos/denuncias/default.aspx ou pelo telefone 181.
Fonte: ANDA
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